Como criar filhos nativos digitais para serem felizes no mundo real?
Quem nasceu entre 1990 e 2010 é considerado da geração Z, também chamados de “nativos digitais”, pois nasceram em um mundo onde desde a primeira infância são acostumados a interagir com diferentes tecnologias, como a internet. Mas, afinal, como essa criação digital afeta o desenvolvimento dos jovens para a vida?
Para entender melhor essa questão, convidamos as fundadoras do SOS Educação, Roberta e Thaís Bento, para o 14º episódio do RaniCast, apresentado pela Mantenedora e Diretora Pedagógica, Janaína Rangel Jordão. Nesta pauta, foram discutidos como as famílias e a escola podem lidar com esses desafios.
A tecnologia é um recurso que passou por várias etapas de evolução ao longo dos anos, deixando de ser completamente analógica para se estender ao universo digital que conhecemos hoje. Com isso, uma margem das gerações que veio antes da internet, por exemplo, não acompanhou esse processo de mudanças como a atual acompanha, fazendo com que o conhecimento nesse campo seja diferente entre elas e que tenham desentendimentos.
Alguns dos desafios que vêm sendo enfrentados entre a família e a escola são o controle do tempo de telas, já que muitos responsáveis atrelam esse dever para a escola, e questões do uso indevido da comunicação digital, que chega a se estender para o cyberbullying. No entanto, o “dever” de educar as crianças e os adolescentes não é somente dos educadores, e nem somente dos pais.
Estudando essas questões, percebe-se a diminuição no treino do cérebro, que antigamente era mais frequente pelo fato de as pessoas viverem em um mundo onde o acesso tecnológico era menor. Com as inúmeras facilidades que a tecnologia proporciona, as crianças passaram a ter mais dificuldades cognitivas e emocionais.
Por isso, neste sentido, fortalecer a parceria entre a escola e as famílias é muito importante, afinal, é um esforço mútuo. Dos pais para que eduquem seus filhos para lidar melhor com as frustrações e desenvolver o autocontrole para evitar que o excesso de tempo de tela abra portas para vícios e outros desafios. E da escola, para que insira a tecnologia em seu método de ensino, mas que ressignifique o seu uso
O Colégio Ranieri compreende a necessidade de aplicar projetos que abordem esse tema do equilíbrio entre o mundo real e o virtual. Pensando nisso, adotamos iniciativas, como aulas de educação socioemocional e projetos, como o Brincar é coisa séria: o jogo da vida” do 2º ano do Ensino Médio, para discutir direitos, deveres, a importância de regras, honestidade e lidando com ganhos e perdas, com um único objetivo: diferenciar o mundo real do virtual.
Outra proposta é a realização de palestras, trazendo a pauta do consumismo, do bullying e cyberbullying, entre outros temas relevantes, para que as crianças não sejam afastadas da tecnologia, mas, sim, que façam o melhor uso dela para seu processo de aprendizagem. O objetivo é que os estudantes levem para casa essas reflexões.
Para conferir o bate-papo completo assista ao vídeo em nosso canal do YouTube ou ouça o RaniCast no Spotify!