Neste episódio do Ranicast, Janaína recebe um casal especialista em constelações familiares: Mariana Parada, mãe do Gustavo, empresária e apaixonada por desenvolver pessoas, casais e famílias através do Conhecimento Sistêmico, e Bruno Guimarães, pai da Luiza, mineiro, empresário na área hoteleira há mais de 22 anos, CEO na BG Participações, criador de startup de viagens e apaixonado por experiências, viagens e hotéis. Juntos, os convidados conduzem o projeto Amor & Chama – Experiências e autoconhecimento a dois.
Mariana abre explicando sobre a filosofia sistêmica. Explica que teve contato, primeiramente, não como profissional, mas como cliente. Ela enfrentava algumas questões pessoais e buscava se desenvolver. Ao se deparar com a filosofia, se apaixonou e entendeu que gostaria de direcionar a sua carreira para utilizar esse conhecimento.
Mas o que são as leis sistêmicas? São três leis, criadas por Bert Hellinger, um psicoterapeuta alemão, que foi percebendo essas leis nas famílias que estavam em harmonia : Lei da Hierarquia, Lei do Pertencimento e Lei do Equilíbrio. Esses três fatores permeiam todas as relações, principalmente as familiares, e nos permitem olhar com profundidade e consciência para o nosso sistema familiar, como uma ferramenta de ajuda para possamos resolver dificuldades e questões e para que a vida possa fluir mais facilmente, olhando para a origem das questões mais profundas.
Mariana e Bruno explicam que, ao olhar para a estrutura familiar, a mãe tem o papel de desenvolver a autoestima dos filhos, de nutrir dando afeto. Já o pai tem a força e a resiliência como a maior missão, permitindo que os filhos entendam que são capazes de enfrentar os desafios da vida. O que não quer dizer que a mãe também não vai ter um pouco da força ou que o pai também não vai ter o lado do afeto, mas nas Leis Sistêmicas esses papéis acontecem de forma natural.
Janaína faz um questionamento acerca da criação dos filhos na atualidade. “Hoje em dia ouvimos muito sobre Cama compartilhada. Sabemos da importância do vínculo nos primeiros meses de vida e o benefício para o futuro da criança. Entretanto, ouço muitas vezes crianças de 3, 4 ou 5 anos que não dormem de forma alguma longe dos pais. Quais os impactos disso, pensando aí na Lei da Hierarquia e na questão da primazia do casal que vocês falam bastante?”. Mariana ressalta que não existe certo ou errado e que as famílias sempre podem testar. Mas que, com a sua experiência, percebeu que quando o casal mantém a hierarquia, ou seja, quando os filhos sabem que os pais são um casal e têm o lugar deles como casal, por exemplo, o quarto dos pais, os filhos ficam bem com isso.
Ou seja, se sentem seguros em ver as relações bem estabelecidas dos pais, em também conhecer o espaço e o papel de cada um. É importante que cada um tenha seu quarto, por exemplo, seus momentos. É importante que a criança entenda que exista uma hierarquia e que ele deve respeitá-la.
Essa lei também é importante ser respeitada em famílias com pais separados. O padrasto deve ocupar o lugar do padrasto. Bruno comenta: “É mais leve ser padrasto que ser pai”, mas, isso não quer dizer que numa necessidade o padrasto não vai atuar, mas no geral, o pai e a mãe devem ocupar o seu lugar. Afinal, pode ficar até pesado para a criança ter “2 pais”.
Hoje em dia, percebemos que as crianças querem ter mais autonomia e, os pais, acabam permitindo que a criança tome decisões que nem sempre tem maturidade para tomar, como por exemplo, escolher onde quer estudar. Na opinião de Mariana, essa atitude seria “tirar da criança o papel dela”, sendo a quebra da Hierarquia na prática, com a criança estando maior e tendo mais poder diante dos pais. Dessa forma, os pais precisam conduzir essa relação, se posicionando.
Por isso, Mariana e Bruno concluem abordando que as leis são bússolas que guiam as relações.
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